5 maiores desafios dos compradores de construtoras

Conheça algumas dores que acompanham a rotina de quem atua nessa área que é tão estratégica
Prateleiras com materiais de construção

Redação AECweb / Texto: Juliana Nakamura


A eficiência do departamento de compras e de gestão de suprimentos é um fator de sucesso para as construtoras, independente do seu porte ou segmento de atuação. Ela está atrelada ao atendimento a requisitos de qualidade, ao cumprimento de prazos e custos pré-estabelecidos, à satisfação do cliente final e à lucratividade dos negócios. Contudo, em seu dia a dia, os profissionais que atuam nessa área precisam superar uma série de desafios para atingir os melhores resultados. A seguir elencamos alguns desses obstáculos e estratégias para superá-los. Confira:

1 – POUCO PRAZO DISPONÍVEL PARA AS COMPRAS

A tomada de preços e a negociação com fornecedores são processos decisivos para o sucesso de uma compra. Mas como conseguir isso quando há pouco tempo disponível? As compras emergenciais estão entre as principais causas de estouro de orçamentos e devem ser evitadas ao máximo. Para tanto, bom planejamento e gestão de estoques são imprescindíveis.

2 – ENCONTRAR FORNECEDORES DE MATERIAIS

Segundo Nilson Soares da Silva Filho, diretor de operações da MPD Engenharia, um dos maiores desafios enfrentados pelas equipes de compras é encontrar fornecedores parceiros que consigam ofertar insumos e soluções com qualidade constante. Ele conta que a pandemia de Covid-19 trouxe ainda mais complexidade a esse cenário, com o aumento de preços e escassez de diversos insumos. Para evitar perdas maiores, uma das soluções é a antecipação das contratações quando possível. “É verdade que isso gera uma antecipação financeira, mas ajuda a garantir o material em obra”, diz Soares.

Em João Pessoa (PB), assim como em outras cidades, as construtoras dependem de fornecedores de outros estados e sofrem com prazos de entrega, revela Fernando Gomes, responsável pelas áreas de projetos, acompanhamento econômico de obras, e suprimentos do Grupo Alliance. “Enfrentamos também uma escassez grande de prestadores de serviço. Em alguns casos, ficamos restritos a poucos nomes, o que dificulta a negociação e faz com que os custos aumentem”, afirma Gomes.

3- DESPERDÍCIO DE TEMPO COM ATIVIDADES MANUAIS

Em departamentos de compras não raramente perde-se muito tempo com a administração de atividades que não agregam valor à empresa. Isso acaba transformando o profissional de compras em alguém mais voltado ao operacional, do que às funções estratégicas. A solução para essa distorção passa pela digitalização e pela automatização dos processos. “Essas tecnologias proporcionam a otimização dos processos de compra, além do compartilhamento de informações mais precisas para tomadas de decisões mais rápidas”, comenta Soares, da MPD.

CC COMPRE MATERIAIS DE CONSTRUCAO COM NEGOCIACAO MAIS EFICIENTECC MATERIAL RICO

4- FALTA DE PADRONIZAÇÃO NO PROCESSO DE COMPRAS

A equalização das propostas recebidas pelas construtoras é uma das atividades que tomam o tempo dos profissionais de compras. Isso acontece porque, muitas vezes, os fornecedores respondem a tomadas de preço cada um de uma maneira, em uma plataforma e utilizando uma unidade de medida diferente. Padronizar o envio de solicitações e incluir descrições detalhadas sobre o que se quer comprar são práticas que podem diminuir esse transtorno. “Tecnologias, como as plataformas de e-commerce, também adicionam produtividade e assertividade às compras ao automatizar tarefas e padronizar processos”, afirma Bruno Oliveira, executivo de contas na Construmarket.

5- QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES E PRESTADORES DE SERVIÇO

Quando um fornecedor não consegue atender a um padrão mínimo de qualidade, todo o desempenho da construtora e da obra são colocados em risco. Daí a necessidade de planejar cuidadosamente o processo de seleção, buscando referências e analisando o mercado.

Segundo Fernando Gomes, a qualificação de um fornecedor deve passar por três fatores principais: conhecimento da capacidade produtiva da empresa, conferência da sua situação financeira, e finalmente, análise do histórico de atendimento a outros clientes. “Também é muito importante realizar avaliações dos fornecedores após cada etapa concluída, de forma a garantir a melhoria contínua no fornecimento”, acrescenta Nilson Soares.

Baixe aqui um mapa comparativo de propostas para facilitar seu processo de cotae ção.

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COLABORAÇÃO TÉCNICA

Fernando Gomes — Engenheiro civil com MBA em gerenciamento de projetos, atua há mais de trinta anos na construção civil nas praças de Fortaleza, Natal e João Pessoa. É responsável pelas áreas de projetos, acompanhamento econômico de obras e suprimentos do grupo Alliance.

Nilson Soares da Silva Filho — Engenheiro civil com 18 anos de experiência no mercado de construção civil. É diretor de operação da MPD Engenharia.


Bruno Oliveira
 — Executivo de contas na Construmarket, atua na área comercial do Construcompras.

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