Compra de portas automáticas está vinculada a seu uso

Uma entrada luxuosa, aparentemente de um hotel, com destaque a porta automática.

Há algum tempo as portas automáticas eram vistas apenas em edifícios comerciais de alto padrão, aeroportos e agências bancárias. Não muito mais que isso.

Hoje, são itens fundamentais em grandes empreendimentos e, até mesmo, em terminais e paradas de corredores de ônibus como ocorre no BRT (Bus Rapid Transit) do Rio de Janeiro, ou no fechamento de conjuntos comerciais.

“A compra correta de portas automáticas pede uma avaliação criteriosa das necessidades detalhadas no projeto, garantindo o vão útil de passagem”, afirma o engenheiro Dante Boccuto, gerente da área de Automatic e de Serviços da Dorma.

Após determinar e confirmar essa abertura deverá ser analisada a escolha da porta automática, que poderá ser deslizante reta, telescópica, curva, porta batente, porta com ponto de giro para pequenos vãos, articulada e giratória.

Mas apenas as portas automáticas deslizantes e pivotantes estão previstas em normas da ABNT, que são a NBR 15202:2006 – Requisitos mínimos de segurança e durabilidade – e NBR 16025:2012 – Requisitos e Métodos de Ensaio.

A compra correta de portas automáticas pede uma avaliação criteriosa das necessidades detalhadas no projeto, garantindo o vão útil de passagem. ”

Boccuto aconselha as construtoras a contratarem, sempre que possível, um consultor especialista no assunto. “Porém, não consideramos obrigatório, pois os fabricantes atualmente mantêm equipes especializadas e treinadas para dar suporte aos clientes tanto na fase de especificação quanto no momento da aquisição”, observa.

Mesmo com todo o apoio técnico disponível, muitas construtoras continuam a comprar com base no preço do produto, sem, contudo, ter conhecimento daquilo que necessitam e que estão comprando.

Um exemplo típico é a consulta por telefone do valor de uma porta automática. “Seria o mesmo que o cliente perguntar em uma concessionária qual o valor de um automóvel”, compara.

Para Boccuto é o conjunto de itens que forma o preço de uma porta automática. Portanto, é fundamental ter o descritivo do produto, ou seja, qual o tamanho da porta, o acabamento, quais serão os acessórios como radares, controles de acesso, chaves programadoras, fechaduras eletromecânicas, baterias, fotocélulas de segurança, controle remoto.

E, ainda, considerar a infraestrutura do local onde a porta será instalada, informando ponto de alimentação da energia, tipo de tensão e disjuntores específicos. “São esclarecimentos importantes e necessários para o correto fornecimento e instalação”, alerta Boccuto.

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Acessórios

As portas automáticas, reforça o gerente, são as mesmas para um aeroporto, um shopping center, um hospital ou um edifício corporativo, entre outros empreendimentos. É sua aplicação que vai determinar os acessórios.

“É preciso diferenciar a porta automática para uma agência ou para um edifício corporativo. Numa agência, certamente teremos sensores de movimento para a entrada no horário comercial e botoeira para a saída. Ambos têm a função de ativadores. Já para o prédio corporativo, devem ser empregados controles de acesso específicos, em função do fluxo de funcionários, e não se aplicam os sensores de movimento e nem os de presença”, esclarece.

Em hospitais, o modelo praticamente se repete para as portas de entrada, dotadas de sensores de movimento e/ou presença tanto na entrada como na saída.

Além disso, deve ser incorporada chave programadora para selecionar determinadas funções da porta automática, como só saída, abertura permanente ou parcial.

“Já no caso de uma UTI ou Centro Cirúrgico, essa mesma porta é composta por botoeiras mágicas, ou seja, os profissionais que atuam nesses ambientes (médicos, enfermeiros, auxiliares) aproximam as mãos do dispositivo, sem a necessidade de tocá-los, garantido rápida abertura e com total assepsia. Raramente são utilizados sensores ou controles de acesso nesses recintos”, ensina Boccuto.

É preciso diferenciar a porta automática para uma agência ou para um edifício corporativo. Numa agência, certamente teremos sensores de movimento para a entrada no horário comercial e botoeira para a saída. Ambos têm a função de ativadores. Já para o prédio corporativo, devem ser empregados controles de acesso específicos, em função do fluxo de funcionários, e não se aplicam os sensores de movimento e nem os de presença. ”

Instalação de portas automáticas

Dependendo da tipologia, as portas automáticas atendem vãos que podem variar de 800mm até 6000mm. “Em se tratando das portas deslizantes retas, o vão máximo normal é de 6000mm, sendo a abertura livre entre 4000mm e 3000mm. Existem também soluções de projetos para vãos específicos, o que exige uma análise mais detalhada com um especificador”, conta.

Para uma perfeita execução da obra de instalação, é básico ter o piso acabado e nivelado, bem como as paredes laterais alinhadas e no prumo. Segundo o engenheiro, há fornecedores no mercado que mantêm equipe própria de instalação e, ainda, oferecem garantias específicas.

“A garantia poderá ser estendida através de contrato de manutenção preventiva, que tem custo baixo, se comparado com a vida útil do produto”, acrescenta.

Baixe aqui um mapa comparativo de propostas para facilitar seu processo de cotação.

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Redação AECweb / Construmarket


Colaborou para esta matéria

Dante Boccuto – Engenheiro Civil formado pela Universidade Mackenzie (1980), com pós-graduação em Administração, especializado em Marketing (1984) e MBA-USP em Controladoria (1996).

Iniciou as atividades na indústria de Tintas Coral, na área comercial de vendas a construtoras, atuando na especificação técnica e, em seguida, assumiu a Regional de Vendas São Paulo. Em 1985, já na Dorma como Supervisor de Vendas Regional, Vendas Nacional (1988) e, em 1990, Gerente de Marketing e Novos Produtos.

No ano 2000 assumiu a Gerência de Divisão Automatic para América Latina, expandindo a linha de produtos Portas Automáticas, Portas Giratórias, Portas Curvas, Portas Batentes, Portas Articuladas, e produtos especiais.

Foi Coordenador da ABNT na elaboração da NBR 15202:2006-Sistemas de Portas Automáticas, concluindo esta primeira fase em 2006. Atualmente é responsável pela Linha de Produtos Automatic e Divisão de Serviços para toda a linha de produtos, atuando como Engenheiro Responsável da Dorma e Instalações.

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