Maes paga à vista e retira produtos para cumprir prazos

A construtora Maes prefere pagar à vista e até retirar o produto nos fornecedores para cumprir com seus prazos.
Materiais de construção, como madeira e blocos de concreto.

A atuação de um profissional de compras de produtos em construtora localizada na Região Nordeste do país tem algumas características próprias, principalmente na Construtora Maes, localizada em Caucaia, no Ceará, e especializada na edificação de galpões industriais para as grandes companhias que estão se instalando no estado, na região portuária de Pecém.

O empresário Marcos Antonio Eduardo da Silva, presidente da Maes, explica que 80% de suas compras são realizadas na região, 15% em São Paulo e 5% no Espírito Santo.

As compras de baixo valor e as emergenciais são feitas por profissionais do departamento de suprimentos, mas as de maior volume financeiro são realizadas pela direção da empresa e seguem logística própria. No caso de materiais básicos como pedra, areia, argila, cal e blocos, a prática da construtora é retirar os produtos na origem.

“Aqui no Nordeste os fornecedores de produtos não são muito comprometidos com a pontualidade e, se pretendemos cumprir os prazos estabelecidos pelos clientes, esta é a melhor solução”, afirma Eduardo da Silva.

Silva explica que, normalmente, a empresa opta por comprar de uma única vez tudo o que será utilizado na obra. No caso dos materiais básicos, a compra é realizada de fornecedores que estejam distantes até 40 quilômetros do canteiro. “Adquirimos o volume necessário, pagamos à vista e mandamos nossos caminhões retirar”, informa.

Baixe aqui um guia de melhores práticas na gestão de suprimentos da construção civil.

Compras de outros estados

Eduardo Silva comenta que os fornecedores de pisos cerâmicos e de granito são pontuais na entrega. Essas compras são realizadas no Espírito Santo e, por uma política de preços, a empresa adquire a quantidade que será utilizada em toda a construção.

“Mantemos no canteiro de obras uma área preparada para armazenar os insumos. Entretanto, quando ocorre algum erro de cálculo e falta material, recorremos ao mercado local e compramos de representantes dos fabricantes”, afirma.

No Estado de São Paulo a empresa adquire os materiais elétricos, como cabos de alta e baixa tensão, quadros para as instalações elétricas, equipamentos hidráulicos e sanitários, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e também elevadores – procedimento que torna a logística mais complexa.

Os materiais e insumos são transportados para o porto de Santos por via terrestre. Lá, são embarcados em navio e seguem até o porto de Pecém. Do porto até a obra o transporte é feito por via ferroviária e rodovias.

Segundo Eduardo da Silva, apesar desta logística envolver vários modais, o sistema adotado tem garantido a chegada dos materiais nos locais onde serão utilizados dentro dos prazos.

Serviços e produtos

Outra característica da Maes diz respeito à contratação de prestadores de serviços. A construtora tem por filosofia evitar ao máximo a terceirização. “Nossa empresa trabalha com mão de obra própria ” . Nossos funcionários são contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Silva explica que a Construtora Maes tem equipamentos próprios, como escavadeiras e tratores e mantém de 220 a 240 funcionários que atuam em todas as fases do processo construtivo, da terraplanagem à entrega da obra.

“Aqui no Nordeste, não corremos o risco de ficar com os funcionários parados por falta de trabalho, pois tem muita obra para ser realizada na região”, afirma. Esta estrutura se justifica, segundo ele, porque permite a especialização da mão de obra em construção pesada.

“As grandes empresas que contratam nossos serviços entregam a área virgem. Fazemos o serviço de terraplanagem, as fundações, levantamos as paredes, colocamos a cobertura e efetuamos todas as instalações necessárias para entregar os prédios acabados. Em casos de instalações industriais, além da construção, o Grupo Maes faz a montagem dos equipamentos, deixando as fábricas prontas para receber os funcionários e iniciar os produtos”, afirma.


Redação AECweb / Construmarket


COLABOROU PARA ESTA MATÉRIA

Marcos Antonio Eduardo da Silva – Administrador de Empresas com especialização em marketing formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCC-SP).

Fundou a construtora Maes, da qual é presidente, em 2007. Atua em construção pesada e tem conhecimentos técnicos em engenharia civil, elétrica e mecânica.

Receba Novidades da Construção Civil

    Posts Relacionados

    5 dicas para fechar mais negócios com Sienge Construcompras

    5 dicas para fechar mais negócios com Sienge Construcompras

    Por meio do Sienge Construcompras, sua empresa transforma os desafios em verdadeiras oportunidades. Com uma plataforma centralizada e integrada, é possível otimizar o tempo, reduzir custos e ampliar o acesso a compradores confiáveis. 

    Como utilizar a Planilha Mapa de Cotação de obra 2.0 do Construcompras?

    Como utilizar a Planilha Mapa de Cotação de obra 2.0 do Construcompras?

    A precisão e a agilidade na gestão de compras são duas características fundamentais para garantir a competitividade e o controle de custos de uma obra. Com o grande número de fornecedores e materiais envolvidos, ter uma ferramenta eficaz para organizar e comparar cotações torna-se um grande diferencial.  A Planilha Mapa de Cotação de Obra 2.0 […]

    Como funciona o setor de compras de uma empresa de construção?

    Como funciona o setor de compras de uma empresa de construção?

    Entenda como funciona o setor de compras de uma construtora ou incorporadora e aproveite as dicas que separamos para otimizar os processos nesta área.