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Atuação do setor de suprimentos vai do projeto ao canteiro

Profissionais do setor de suprimentos atuam como porta de entrada para as inovações do mercado
um trator de construção está em cima de um notebook, carregando caixas de papelão com produtos

A atuação do setor de suprimentos é muito abrangente, indo muito além de orçar, negociar e comprar itens para uma obra. O papel dos profissionais do setor inclui desde os estudos de viabilidade do projeto, avaliando se a região dispõe de um mercado fornecedor capaz de atender a futura obra, até o acompanhamento para que tudo que foi contratado se reflita no canteiro, evitando atrasos e prejuízos.

Para o engenheiro Angel Ibanez, superintendente de Construção da Alphaville Urbanismo, o departamento de suprimentos atua, ainda, como porta de entrada para as inovações do mercado em materiais e sistemas, devendo estar sempre atento a elas.

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COMPRANDO PARA REGIÕES AFASTADAS

Quando a construtora tem uma grande concentração de canteiros em regiões mais afastadas do país, a recomendação de Ibanez é que sejam criadas células regionais para a contratação de mão de obra e compra local de materiais. Para ele, é muito difícil exportar trabalhadores para regiões distantes da sede da empresa.

“O setor de suprimentos ganhou o papel de elo entre a empresa e os fornecedores que, muitas vezes, têm soluções novas e acompanham as novidades do mercado, até mesmo com melhor relação custo-benefício, otimizando o orçamento”, afirma Angel Ibanez

“Em determinada construtora em que atuei, havia um bom número de obras na região norte – Belém, Manaus e Porto Velho. Tínhamos uma equipe de compras fixada na capital paraense, responsável pela contratação de subempreiteiros, porque é essencial contar com pessoas do local, que conheçam o mercado e dominem a cultura da região. Cabia à matriz, em São Paulo, a aquisição de itens da curva A, fornecidos por indústrias que têm abrangência nacional, como alumínio, aço, elevadores e argamassa”, conta o engenheiro.

ELO ENTRE A EMPRESA E OS FORNECEDORES

Aspecto que ampliou a atuação do setor de suprimentos foi a terceirização dos serviços pelas construtoras, ocorrida nos últimos anos. Se, de um lado, essa evolução colaborou com a redução de custos, de outro, o conhecimento saiu das mãos das construtoras e passou a ser dominado pelos empreiteiros e projetistas.

“O setor de suprimentos ganhou o papel de elo entre a empresa e os fornecedores que, muitas vezes, têm soluções novas e acompanham as novidades do mercado, até mesmo com melhor relação custo-benefício, otimizando o orçamento. Mas é fundamental que a área tenha participação ativa já na fase de projeto”, defende o engenheiro. Além disso, uma prática das boas empresas é especializar compradores em categorias específicas de materiais.

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GERENCIAMENTO PÓS-CONTRATAÇÕES

As etapas de negociação e contratação feitas pelo setor de suprimentos variam de dois a três meses. Depois de entregues para o canteiro, os contratos serão gerenciados por um tempo bem maior. As surpresas acontecem nessa fase. A primeira dificuldade é fazer com que todas as premissas da negociação se reflitam no campo. O fornecedor deve cumprir tudo o que foi previsto no contrato, desde a performance até a produtividade, passando pela alocação de equipe e qualidade. E a obra, por sua vez, tem que cumprir com todas as condições que prometeu no momento das contratações. “São direitos e obrigações de ambas as partes”, comenta.

“O setor de suprimentos funciona como um guardião dos contratos, e boa parte da sua equipe está voltada para essa etapa”, afirma Angel Ibanez

Diante de contratações de porte, como de estruturas, fundações e elevadores, crescem os desafios e a necessidade de gestão dos contratos. “Apesar de o gestor de obra ter responsabilidade sobre essa fase, o setor de suprimentos funciona como um guardião dos contratos, e boa parte da sua equipe está voltada para essa etapa”, diz Ibanez.

A mediação é comum quando determinado item, como caixilhos, não foi instalado pelo fornecedor. O gestor da obra reporta o problema, cobrando dos compradores para que abordem o fornecedor pela falta de atendimento. Este, por sua vez, argumenta que é impossível instalar, pois há desvios importantes nos vãos. Ao invés de apenas contatar o fabricante, o setor de compras procura fazer a intervenção na obra, ouvindo a engenharia e o fornecedor, cada qual relatando sua versão. Se comprovado que o vão que deveria ter 1,20 x 1,20 m foi finalizado com 0,85 x 1,20 m, o canteiro terá de providenciar a correção necessária.

“Um formato organizacional que funciona muito bem nas construtoras é aquele em que o departamento de suprimentos não está submetido à diretoria de Engenharia, mas a qualquer outro diretor, como o Financeiro ou de Backoffice. Isso assegura maior autonomia, liberdade de atuação e, consequentemente, aumenta sua responsabilidade e relevância na operação da empresa”, conclui o engenheiro.


Redação AECweb / Construmarket


Colaboração técnica

Angel Ibanez – Engenheiro Civil pelo Instituto Mauá de Tecnologia, com MBA em General Management pelo Insper e MBA em Negócios do Mercado Imobiliário pela Fundação Instituto de Administração (FIA). É superintendente de Construção na Alphaville Urbanismo. Dirigiu a área de Suprimentos de empresas como PDG e Gafisa por seis anos e foi gerente de Projetos da Método Engenharia por quase dez anos.


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