Compra de pisos intertravados deve atender a NBR 9.781

Os pisos intertravados de concreto são uma ótima solução para áreas externas como calçadas e ruas de condomínios.
Calçada com varias pessoas andando

Com uma produção de cerca de 6 milhões de metros quadrados por ano no Brasil, segundo o engenheiro Ramon Otero Barral, presidente da BlocoBrasil – Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto –, os pisos intertravados de concreto são uma ótima solução para áreas externas como calçadas, ruas de condomínios, vias públicas, estacionamentos, pátios retroportuários, entre outros.

O produto é fornecido no mercado com espessuras de 6 cm, 8 cm e 10 cm, conforme o uso, nas cores amarelo, cinza, ocre e preta, em diversas formas geométricas e dimensão mínima de 10 cm e máxima de 25 cm, conforme a ABNT NBR 9.781.

“O acabamento superficial proporciona excelente atrito com pneus, além de segurança tanto para veículos quanto para os pedestres”, afirma o engenheiro Cláudio Oliveira da ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland.

As peças modulares e instaladas por travamento reduzem o custo com materiais, mão de obra e tempo de assentamento e rejunte. Isso porque dispensam contrapiso de concreto, argamassa de assentamento e de rejuntamento como nas cerâmicas. No piso intertravado só é usada a areia para a colocação das peças e, sobre elas, como rejunte

Especificação e Compra

Barral explica que, no momento de escolher o produto, o comprador deve prestar atenção se o material atende aos requisitos para peças intertravadas de concreto, de acordo com a NBR 9.781/2012 – Peças de concreto para pavimentação – especificação e métodos de ensaio, através de ensaios realizados por laboratórios acreditados pelo Inmetro.

E as exigências da NBR 15.953/2011 – Pavimento intertravado com peças de concreto – execução, no caso do assentamento das peças e execução da obra.

Os pisos intertravados são adquiridos, normalmente, diretamente das indústrias ou de grandes depósitos de material de construção e home centers. “O Selo de Qualidade da ABCP garante e certifica que os produtos seguem as normas da ABNT em sua produção e, assim, assegura aos compradores a qualidade dos pisos”, alerta Barral.

Instalação

A permeabilidade do piso intertravado é melhor obtida através da aplicação de pavimento, peças especiais e bases drenantes que devem ser executadas de acordo com projeto específico, a fim de garantir a eficácia do sistema. A permeabilidade do piso drenante é a melhor entre todos os sistemas de pisos externos, chegando a 100% de absortividade em relação ao índice pluviométrico local

O pavimento intertravado de concreto é de fácil instalação. “É assentado sobre um colchão de areia de 2 a 4 cm e brita – altura de acordo com o tipo de solicitação – calçada, rua etc., com sub-base compactada, conforme NBR 15.953/2011 da ABNT”, explica o presidente da BlocoBrasil.

Os equipamentos utilizados são de pequeno porte, com menor geração de ruído e poluição se comparados ao asfalto. “O treinamento da equipe de instalação é bastante simples, podendo-se utilizar com tranquilidade mão de obra local”, completa Oliveira.

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Peças modulares x Custo

Segundo Oliveira, as peças modulares e instaladas por travamento reduzem o custo com materiais, mão de obra e tempo de assentamento e rejunte. “Isso porque dispensam contrapiso de concreto, argamassa de assentamento e de rejuntamento como nas cerâmicas. No piso intertravado só é usada a areia para a colocação das peças e, sobre elas, como rejunte”, pontua.

De acordo com a NBR 15.575 – Norma de Desempenho Parte 1 -, a vida útil dos pisos intertravados é de, no mínimo, 20 anos. “O que faz do pavimento uma excelente escolha, considerando as constantes manutenções necessárias no pavimento de asfalto, por exemplo. Há diversos locais, no Brasil, que utilizam os pisos intertravados com mais de 30 anos e que ainda estão em bom estado e continuam em uso”, comenta Oliveira.

Baixe aqui um mapa comparativo de propostas para facilitar seu processo de cotação.

Permeabilidade

Para Barral, o piso intertravado permeável é uma das melhores opções de pavimentos sustentáveis disponíveis no mercado. “Sua permeabilidade é melhor obtida através da aplicação de pavimento, peças especiais e bases drenantes que devem ser executadas de acordo com projeto específico, a fim de garantir a eficácia do sistema. A permeabilidade do piso drenante é a melhor entre todos os sistemas de pisos externos, chegando a 100% de absortividade em relação ao índice pluviométrico local”.

Segundo Oliveira, a permeabilidade não é uma propriedade diretamente ligada ao piso intertravado, uma vez que a estrutura do pavimento deve ser projetada para ser permeável – o que não ocorre no convencional, onde as camadas da estrutura estão todas compactadas e preenchidas.

“Para tornar o pavimento permeável pode-se utilizar peças com maior espaçamento entre as juntas. Os materiais utilizados na camada de base – assentamento e rejuntamento – não podem conter material fino.

Além disso, para dimensionar um pavimento permeável que realmente contribua para a redução de ocorrências de enchentes localizadas, é preciso conhecer os dados históricos de chuva do local e as condições de entorno do pavimento”, alerta.

Outro ponto relevante, de acordo com Oliveira, é a utilização de coloração mais clara nas peças, que contribuem para a redução da temperatura superficial do piso. “As cores claras apresentam menor absorção de calor se comparadas aos pavimentos escuros como o asfalto. E a somatória de superfícies mais frias colabora para a diminuição do efeito de ilhas de calor”.

Redação AECweb / Construmarket

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Colaboraram para esta matéria

Cláudio Oliveira Silva – Doutorando em Engenharia pela Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Engenharia na área de materiais de construção pela Poli-USP. Pós-graduação em Administração Industrial na Escola Politécnica da USP. Engenheiro Civil pela Universidade de Guarulhos. Especialização em Marketing pela ESPM.

É gerente da Área de Inovação e Sustentabilidade da ABCP. Responsável pelo desenvolvimento de produtos e ferramentas, focando o aumento de competitividade econômica/ambiental do produtos à base de cimento.

É atuante na ABNT, participando na elaboração e revisão de normas de pavimentos intertravados, alvenaria estrutural, tubos de concreto, telhas de concreto, entre outros. É Representante da ABCP no CBCS – Conselho Brasileiro da Construção Sustentável – no comitê de materiais.

Ramon Otero Barral – É engenheiro Mecânico graduado pela Universidade Mackenzie (1973). Diretor da Oterprem, presidente da BlocoBrasil – Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto – e diretor do Sinprocim/SP – Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de São Paulo.

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