Mais qualidade com menores custos

Vários materiais de construção e uma betoneira atrás em uma área aberta.
Vários materiais de construção e uma betoneira atrás em uma área aberta.

“Comprar materiais que fazem parte dos Programas Setoriais de Qualidade (PSQ) é ter a certeza de levar para a obra produtos com qualidade assegurada, garantindo a durabilidade das construções, reduzindo custos e desperdícios e obtendo maior grau de satisfação do consumidor final”, afirma Dilson Ferreira, presidente do Fórum dos Gerentes dos Programas Setoriais da Qualidade.

Ele orienta que antes de definir a compra de materiais para suprir o canteiro de obras, as construtoras devem verificar se o produto está em conformidade com o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H), instrumento do Governo Federal para cumprimento dos compromissos firmados pelo Brasil quando da assinatura da Carta de Istambul (Conferência do Habitat II/1996).

Para evitar a utilização de materiais não qualificados, Dilson Ferreira, que também preside a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (ABRAFATI), recomenda aos compradores que consultem sempre as listas de empresas e marcas qualificadas no site do PBQP-H (http://www.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php) e nos links dos Programas Setoriais da Qualidade (PSQs).

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Mais qualidade e conformidade

O setor de blocos cerâmicos, por exemplo, tem 1,40% de empresas qualificadas e o de esquadrias de aço, apenas 1,00%, o que reforça a necessidade de pesquisar antes de comprar.

“As empresas que participam de PSQs têm um diferencial no mercado, sendo reconhecidas por sua postura séria e por estarem comprometidas com a qualidade. O histórico de conformidade confirma esse compromisso, sendo muito importante para a empresa e para o mercado”, afirma Ferreira.

Verificação periódica

Ele destaca que os relatórios setoriais têm validade de três meses. “Se os produtos de uma empresa forem reprovados nos ensaios, ela deixará de fazer parte da lista de empresas qualificadas até regularizar a situação, voltando a produzir em conformidade com as normas técnicas”, informa.

Quanto à possibilidade de uma empresa qualificada manter intencionalmente um ‘caixa dois tecnológico’, ou seja, uma segunda marca que não esteja em conformidade, Dilson Ferreira comenta que o Regimento do PBQP-H não permite que empresas participantes de PSQs tenham uma segunda marca não conforme.

“Essa é a principal diferença desse programa em relação a outras certificações existentes no mercado, que não levam em conta o conjunto de marcas da empresa.

No caso dos PSQs, a empresa é qualificada, portanto, todas as suas marcas, produzidas em todas as suas unidades fabris têm de estar em conformidade com as normas técnicas”, garante.

Abrangência

Ele lembra que a abrangência dos PSQs é muito grande, garantindo o acesso a produtos de empresas qualificadas em qualquer região. “São 18 entidades setoriais que mantêm 26 programas setoriais da qualidade, com 450 fabricantes participantes, que produzem 1.100 marcas. A distribuição dessas marcas alcança todo o País, com 135 mil lojas de materiais de construção afiliadas à Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção – Anamaco – possibilitando uma ampla cobertura do mercado”, esclarece.

Mais qualidade em empreendimentos econômicos

Desde julho de 2011, as construtoras do Minha Casa, Minha Vida também estão obrigadas a utilizar produtos qualificados da cesta básica do PBQP-H. A medida pretende obter a melhoria da qualidade de produtos e serviços, a redução de custos e a otimização do uso dos recursos públicos.

O objetivo do PBQP-H é criar um ambiente de isonomia competitiva, que propicie soluções mais baratas e de melhor qualidade para a redução do déficit habitacional do país, atendendo, em especial, a produção habitacional de interesse social.

O presidente do Fórum dos Gerentes dos Programas Setoriais da Qualidade informa que o PBQP-H dispõe de um instrumento para verificar a conformidade do sistema de gestão das construtoras que atuam em obras públicas e privadas, com base na norma ABNT NBR ISO 9001: o SiAC – Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras.

“Esse sistema avalia se as construtoras do programa Minha Casa, Minha Vida estão utilizando produtos qualificados, beneficiando o consumidor. A fiscalização cabe à Caixa e às autoridades competentes. A certificação de obras é feita pelo SiAC e por organismos certificadores de obras (OCOs) credenciados pelo Inmetro”, informa ao lembrar que os PSQs não têm a atribuição de monitorar essas compras, mas podem denunciar o uso de produtos não conformes, o que já foi feito com sucesso em vários casos”, conclui.


Redação AECweb / Construmarket


COLABOROU PARA ESTA MATÉRIA

DILSON FERREIRA  Presidente do Fórum dos Gerentes dos Programas Setoriais da Qualidade.

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